Sunday, June 16, 2013

A Concha de Swansea



A CONCHA DE SWANSEA

Repousa a concha sobre a estante.
À noite colamos o ouvido à sua concavidade calcária
para receber o rumor e o sal daquele gélida baía.
Mas é de madrugada após o golpe do sono
que a concha
tocada pelos dedos do vento
vibra pelo quarto a voz do bardo
a sussurrar grave com os lábios molhados de algas e anêmonas
I learnt the verbs of will, and had my secret;
The code of night tapped on my tongue;
What had been one was many sounding minded.

Virá daí talvez o atordoo da manhã
virá daí talvez o desejo desvairado de amar
virá daí talvez o tatear mapas como sexos
para neles encontrar (talvez) nosso destino





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