Wednesday, September 11, 2013

A Igreja de São Francisco em Pampulha - Azulejos

Depois de olhar muitas fotos, a primeira impressão que se tem é que a Igreja de São Francisco, na Pampulha em Belo Horizonte, é tão pequena, pode-se quase pegá-la com as mãos.

Não apenas porque décadas passaram e carros e pessoas passam hoje perto como não há 70 anos, aquando de sua inauguração. Não se trata de um apequenamento como o que se deu por exemplo com as igrejas coloniais do Rio, hoje diminuídas pelos espigões que lhes fazem sombra.

Não é isso. Mesmo porque aqui na Pampulha não se ergueram prédios. Ela é pequena mesmo, como pequena a ponto de pedir que lhe tomemos na mãos é a do Ó, em Sabará, distante não muitos quilômetros.

Assim pequena. Não tão monumental. Assim poverella.

A azulejaria de Portinari é de molhar os olhos. A influência de Picasso, sobretudo de Guernica, é clara, nos semblantes apavorados, mesmo os dos pássaros que escutam a prédica de São Francisco. Urgência expressionista.

E pássaros e peixes voam por toda a igreja. Um quê de Escher também. E mares e céus cobrem as bancadas e a balaustrada do coro interno.

Qualquer tour pelas cidades históricas mineiras (e as igrejas históricas mineiras serão ricas em tudo, menos em azulejos) deveria findar aqui.

Reparem que na quinta foto um pássaro se desprende do painel azulejar.





Mais que azulejo


Interior da Igreja

Interior

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