Friday, November 22, 2013

Mondial de la Bière e a produção cervejeira nacional hoje






Na fase de reler Gulas antigas, caiu-me às mãos o exemplar de julho de 2002, cuja capa nos traz uma maravilhosa lasagna.

Na seção "Gulodices", cuja intenção era / é apresentar lançamentos da área gastronômica, temos a apresentação de duas cervejas brasileiras.... a Bohemia escura e a... Primus, em lata. 

Desta última lemos: "Depois de um período sem lançamentos, o mundo das cervejas volta a se agitar. A novidade é a Primus Pilsen, da Schincariol. Elaborada com malte e lúpulo especiais, apresenta bom corpo e espuma cremosa e consistente."

O texto é de uma pobreza de dar dó mas o que sobressai é o tom elogioso. A cerveja da Schincariol, em lata, tinha espuma cremosa e consistente. Ou a escassez de produtos novos fez com que o resenhista se desmanchasse por qualquer produto novo (novo?) que apareceu, ou sua ignorância era imensa. Ou o jabá foi generoso. Quiçá os três.

Mas não deixa de ser muito interessante. Há apenas (digo-o sem ironia) dez anos a escassez de lançamentos no campo das cervejas brasileiras era tão grande que permitia resenhas assim. Hoje as cervejas brasileiras atingiram um patamar tal que, sem meus hiperbolismos habituais, ao ir a um festival como o Mondial de la Biére, acho muito mais interessante conhecer novidades brasileiras do que ficar examinando o cardápio de belgas, inglesas e alemães.

Algumas estrangeira serão ótimas, claro, mas cerveja é pão, daí quando mais fresca melhor.

E no festival meus destaques vão para a Jeffrey, gostosa carioca Weiss, a Jupiter, que eu já mencionara aqui, e a Imperial India Pale Ale da Invicta, a cerveja mais amarga do Brasil.

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