Thursday, October 27, 2016

Caipirinha de Caju Cearense Gordo

Um tranquilo Felipe servindo mais uma de suas maravilhas enquanto o rock comia lá atrás


Começo citando o Simas :: "Com a chegada do calor, exponho uma tese: o tempo nos ensina que o segredo não é beber a bebida que nós gostamos. Isso é erro de criança. O babado é descobrir a bebida que gosta da gente. Se você ama a danada, mas ela te odeia, pula fora. O uísque me detesta e renega. A cerveja, todavia, me ama, quer o meu bem e a minha companhia constante. A tequila me odeia. O gim me execra. O chope me adora."

Perfeito. Tal qual o Simas, a cerveja também me ama, o chope também me adora. O vinho gosta de mim e, ao contrário dele, o whisky tem por mim grande apreço, a que sempre procuro retribuir condignamente. Cachaça e vodka me detestam, tequila e gim sequer sabem quem sou. Quer saber? Acho muito bom assim. Não irei, do alto de meus 84 anos, correr atrás e fazer a corte à cachaça e à aguinha russa.

Talvez porque, em um distante acampamento em Visconde de Mauá, tenha eu beijado muito a Capelinha na boca e depois, claro, chamado o Raul na barraca. Coisa de garoto. Mas a indisposição ficou pra sempre.

Mas como este ano recebemos duas queridas visitas mineiras, a Carol e a Lu, estas acharam, qual embaixadoras da Mina Geral, que cumpria trazer produto local e assim, para além do impagável requeijão caseiro, trouxeram cachaças. De qualidade. Que eu deixei quietas num canto.

Semana passada o grande amigo Felipe também aportou aqui com a simpática namorada, mode ela fazer uma prova e nós dois comemorarmos nossos 30 anos de amizade. E, ai, quais embaixadores do Siará, trouxeram caranguejo, sururu, siriguela e caju, muito caju.

Agora resumo: no sábado levamos o casal ao Bar da Frente, onde, ó milagrosa coincidência, encontramos o Rixa e a Karla. Em seis, pudemos não apenas cair de boca na jambalaya, como provar dos muitos insuperáveis petiscos. E como a tarde no Bar da Frente com amigos põe a gente comovido como o diabo, e eu estava preocupadíssimo com o destino dos carnudos e obesos cajus que rebentavam de tanta madureza, depois esticamos aqui em casa, onde bebeu-se (olha a delícia do sujeito indeterminado) muita caipirinha com cachaça mineira e caju cearense fresco.

E há quem diga que não há Deus.

As cajueiras



2 comments:

Luiz Marcelo said...

Muito legal Evandro. Aquela noite foi ótima!

luciana said...

Amooooo caipirinha de caju