Tuesday, November 29, 2016

Sem Django Reinhardt não haveria Black Sabbath



Lembram de Sweet and Lowdown (1999) do Woody Allen? Então, Emmet Ray considerava-se o segundo maior guitarrista de todos os tempos. Porque o primeiro posto era reservado para o Django, a quem ele idolatrava.

Django Reinhardt, por sua vez, era aquele músico francês nascido na Bélgica, mas cigano antes de qualquer coisa, daqueles nascidos em caravana acampada à beira, sempre à beira, das cidades. Fez fama e algum dinheiro, mas nunca adaptou-se a uma vida profissional 'moderna', preferindo muitas vezes ignorar uma gig para ir tocar com a irmandade gitana. Aos 18 anos, devido a um incêndio, Django perdeu a mobilidade de dois dedos. Os médicos, claro, disseram que ele não poderia mais tocar guitarra ou banjo.

Todos sabemos que Toni Iommi não tem as duas falanges distais (aka falangetas?) do dedo médio e indicador, justo de sua mão direita, ele que é canhoto. Estas foram cortadas por uma máquina soldadora quando ele tinha 17 anos, justo na tarde que seria sua última de trabalho e justo quando ele iria se juntar ao The Birds and the Bees.

Foi um golpe terrível. Deprimido, a ponto de desistir de tudo, Toni recebe a visita de seu ex-chefe, o irresponsável que o colocou para trabalhar na guilhotina sem qualquer treinamento, em substituição a uma empregada que faltara. Este chefe lhe presenteia com um disco do Django, dizendo coisa como 'Ó, se esse cara aí conseguiu...'.

The rest is history.





No comments: