Saturday, July 01, 2017

Pavão Azul Eterno

Na dúvida entre o risoto de polvo e o de camarão, pida os dois


Vou dar uma de tiozão, de velho e de esnobe, já que não sou nada dos três: conheço e frequento o Pavão Azul antes da fama, antes do Pavãozinho e outros que tais. Cresceu, quase engoliu a delegacia do Espinoza, o que está certo está tudo muito certo.

Apresentei as pataniscas do Pavão a gente que morava a um salto de pulga, apresentei-o ao meu pai, que até hoje suspira, no meio da noite brasiliense, pelo risoto de camarões. Hoje vou de quando em vez. Se as participações no Comida di Buteco não deixam saudades (o que pouco importa), o trivial continua arrebentando: a informalidade no coração de um dos bairros mais famosos do planeta, o mistério das pataniscas, os pastéis, o risoto de camarão e o risoto de polvo.

Abre ao meio-dia. Antes disso, porém, já está cheio: os clientes em contagem regressiva esperando o alarme de celular para pedir o chope e o pastel.

Passou por reformas. Sumiram com o pavão azul original, o que muito me entristece. Mas de resto um boteco notável. E onde mais se come um risoto de polvo na faixa dos 30 pau?

(O Pavão enche. Mas nunca esqueço que, por cheio que estivesse, sempre que eu pedia a conta, uma das irmãs, Bete ou Vera, perguntava mui sinceramente: "Mas já?')




Cheio, ANTES de abrir

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